As memórias são como uma ponte que dá acesso ao passado, solidifica o presente e ajuda a estruturar o futuro.
Durante mais de 20 anos, trabalhei na área comercial, circulando entre as áreas de marketing e vendas. Ao longo desta trajetória em grandes empresas nacionais e multinacionais, sempre busquei construir carreira sólida, pautada na ética e compromisso com as funções que exerci.
Como líder, entendi logo cedo que se quisesse uma equipe de alta performance, precisaria treiná-la, motivá-la para que cada componente do time fizesse toda a diferença no resultado do jogo pela disputa de mercado e conquista constante dos clientes.
Sempre foi muito clara para mim a importância de uma equipe motivada e focada, com metas e objetivos desafiantes para atingir excelentes resultados. Desenvolver e formar novos líderes que conduzirão suas equipes de trabalho é extremamente desafiante e, ao mesmo tempo, prazeroso, já que essa foi a missão que abracei como profissional.
Na eterna busca pelo conhecimento, procurei beber de várias fontes e ter uma formação eclética, entre área técnica e humana: química, administração, teologia, psicanálise, coaching e PNL. Tudo isso me permitiu perceber o ser humano por vários ângulos e entender que existem vários caminhos para o autodesenvolvimento. Nesta jornada, já se passaram duas décadas treinando pessoas e aprendendo com cada uma delas.
As expectativas iniciais de um treinamento comportamental
Na prática, tenho observado como treinador que, ao iniciar as atividades, já existem expectativas, tanto do treinador quanto dos treinandos, por insights e mudanças que aconteçam após a conclusão. E sim, acredito verdadeiramente que podem acontecer, mas há um segredo:
Em treinamentos comportamentais, somente os participantes que se permitem acessar os conteúdos mais preciosos e secretos de sua mente encontram as grandes transformações.
Durante os eventos, utilizamos diversas técnicas que permitem sensibilizar os participantes tanto no aspecto cognitivo quanto emocional, e assim gerar um movimento interno que poderá trazer para o consciente conteúdos importantes que estavam esquecidos no inconsciente.
Esse movimento de informações do nível inconsciente para consciente abre espaço para poderosos insights, mas somente naqueles que se permitem mergulhar por inteiro nas técnicas vivenciais.
Carl Gustav Jung, pai da psicologia analítica, disse:
Até você se tornar consciente, o inconsciente vai dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino.
Muitas pessoas não se conscientizaram de que a vida não tem um controle remoto que lhes permita, da cadeira ou do sofá, simplesmente escolher o canal preferido e definir aquilo que acontecerá em sua vida. Precisamos nos levantar e mudar o canal e para mudar isso, acima de tudo, ATITUDE é imprescindível.
Mas, por que não temos atitude? Por que não temos a coragem de segurar o destino da nossa vida nas mãos, criando assim o próprio destino? Por que nos entregamos à mecanicidade que a rotina diária impõe? Por que não protestamos como fez o cantor e compositor Raul Seixas?
Confira o que ele disse neste trecho da composição Ouro de Tolo:
... eu que não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...
Quando estudamos as regiões mais profundas da mente humana, começamos a encontrar respostas para estes porquês e descobrimos caminhos possíveis para sair do ciclo que nos faz viver de forma tão mediana.
As respostas que tanto buscamos fora, nós vamos encontrar é dentro, no mais profundo de nossa mente que vamos encontrar.