As organizações vêm passando por grandes transformações em função de pressões que recebem tanto do contexto externo quanto do interno. As mudanças por que passam as organizações não estão limitadas a suas estruturas organizacionais, seus produtos ou seus mercados, mas afetam principalmente seus padrões comportamentais ou culturais e seus padrões políticos ou relações internas e externas de poder (FISCHER, 1992).
Verifica-se que nas últimas décadas, gradativamente, vêm ocorrendo mudanças na sociedade que geraram um processo de globalização mundial, com rápido avanço das tecnologias de produção, informática e de telecomunicações, e também outras transformações que sugerem novas formas de percepção e interpretação da sociedade como um todo (CORRÊA, 2004). Nos dias atuais as empresas estão buscando profissionais formados, treinados e qualificados. Observa-se uma mudança significativa na forma de pensar a capacidade humana no trabalho, influenciada por diversos agentes de mudança como, por exemplo, a globalização, os avanços da comunicação e principalmente pela tecnologia da informação. Na era da informação, lidar com pessoas deixou de ser um problema e passou a ser uma solução, ou melhor, a maior vantagem competitiva para as empresas. O capital humano deixou de ser custo para se tornar grande fonte de lucratividade.
As empresas que tiveram maior facilidade para reconhecer a grande fonte de riqueza que o capital humano representa, com certeza estão na frente em relação àquelas que ainda estão começando a perceber ou ainda àquelas que não entenderam a importância da mudança, do reconhecimento do colaborador. Os novos modelos de gestão passam a privilegiar o ativo humano e sua estrutura precisa ser cada vez mais desenvolvida a fim de permitir o melhor aproveitamento do tempo e dos recursos que possuem. Nesse cenário, a nova tendência em gestão de pessoas tem como uma das principais bases a filosofia coaching.
Dentro das organizações, o coaching é utilizado para desenvolver a performance dos profissionais, estimular a criatividade, o trabalho em equipe e, alcançar os resultados pré-determinados pela organização. Ou seja, promove a mudança comportamental do indivíduo, da equipe e da organização. A partir desses fatores, o coaching passa a ocupar um lugar de destaque no cenário gerencial. O coaching preocupa-se com o desenvolvimento das pessoas. Como ele atua no processo de crescimento pessoal, o desenvolvimento profissional é consequência. O coaching poderá influenciar positivamente o perfil de liderança dos gestores, pois incita o impulso ao autoconhecimento, à criação de uma nova cultura e viabilização de novos processos de gestão.
A gestão de pessoas com coaching é um processo contínuo, o líder coaching pode ser comparado com um maestro, que em alguns momentos trabalha com apenas um indivíduo, em outros momentos orienta todos a distância, e em outros, corta totalmente os vínculos para que possam se desenvolver em áreas fora do seu escopo.
“Educar não é encher um balde, mas acender uma chama” (William Butler Yeats)
Os resultados esperados pelo coaching no campo empresarial é aumentar as competências do executivo ou empresário para que se torne um líder mais efetivo e eficaz, com inteligência emocional mais desenvolvida, possibilitando desta forma a concretização dos sonhos e desejos. Já no âmbito pessoal, o coaching contribui para o desenvolvimento da carreira, a pessoa consegue redescobrir sua grandeza, as suas potencialidades, suas forças e se torna o agente responsável pela criação da vida que deseja, com resultados extraordinários. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Motivação e Resultados Desenvolvimento Pessoal e Profissional sobre Coaching é possível identificar que: Estudos buscando calcular o ROI (Retorno Sobre Investimento) de um programa de coaching de executivos, mostrou um ROI de 529%. Executivos que passaram pelo processo de coaching classificaram o retorno quantitativo em mais de 5 vezes o investimento, ou seja, estimaram U$120 mil dólares de valor para um processo que tenha custado U$20 mil dólares (60% dos executivos neste estudo tinham posições de vice-presidência e 30% tinha remuneração acima dos U$200 mil dólares).
Coaching é um processo de desenvolvimento de habilidades e capacidades, que visa a aceleração de resultados, tanto pessoais como profissionais. Com o Coaching, o profissional de RH conduzirá, com mais assertividade, colaboradores, equipes, gestores e líderes ao alinhamento de seus resultados com os objetivos da organização. O Coaching oferece conhecimento, técnicas e ferramentas de desenvolvimento humano, que visam identificar, desenvolver e aprimorar habilidades e capacidades. Trabalha pontos fortes e de melhoria. Proporciona a identificação de perfis comportamentais, emocionais e psicológicos, podendo trabalhar assim a melhor performance de cada um, e assim formar equipes altamente produtivas.
A prática da filosofia coaching no processo da gestão de pessoas dentro das organizações, emerge como um espaço de oportunidade para a realização prática e focalizada nos objetivos organizacionais. Ele representa deste modo um instrumento eficaz de potenciação do desempenho e da mudança. Num processo contínuo de mudança no ambiente empresarial, o coaching permite; alinhar, de forma prática, objetivos pessoais com objetivos organizacionais, transformar objetivos em ação imediata com resultados mensuráveis e tornar a mudança mais significativa para cada um dos intervenientes.
“O novo papel do RH é realizar, estrategicamente, processos que envolvam e desenvolvam, principalmente, o capital humano de uma organização, pois empresas são resultados de pessoas. ” (José Roberto Marques)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE COACHING. Tudo sobre coaching. Disponível em: http://www.abracoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/. Acesso em: 16 maio 2013. CAMPOS, Teodoro Malta; PINTO, Heloisa Maria Nunes. Coaching nas organizações: uma revisão bibliográfica. 2012. Disponível em: ............................................. http://revistas.una.br/index.php/reuna/article/view/439/482. Acesso em: 15 maio 2012. CHIAVANETO, Idalberto. Recursos Humanos – O capital Humano das Organizações. 9º ed. São Paulo: Elsevier, 2009. 522 p.
SANTOS, Gilmar José e SANABIO, Marcos Tanure. Administração: Princípios teóricos e práticos. Ed. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013. 355 p CONTI, Vicente de Paula. Coaching – O Processo Mágico de Mudanças. 2010. Disponível em: http://www.jornal100porcentovida.com.br/coaching.html. Acesso em: 18 maio 2013.