O Efeito Sombra no Processo de Mudança

Desenvolvimento Pessoal

Quando começamos um processo de MUDANÇA profundo, muitas vezes nos deparamos com sabotadores psíquicos que na maioria das vezes são os grandes causadores do insucesso de tantos projetos iniciados e abandonados ao longo da caminha de cada um. Perguntas como essas:

  • Por que nos sabotamos tanto?
  • Por que sentimos tanta vergonha e culpa?
  • Por que é tão importante agradar as outras pessoas?
  • Por que nos tornamos às vezes nossos piores inimigos?

Muitas vezes ficam respostas. Entender questões como essas são extremamente importantes para a realização de um trabalho de mudança muito mais completo e efetivo.

O ser humano vive um imenso conflito existencial, entre quem ele é de verdade e quem os outros gostariam que ele fosse. Infelizmente, na maioria das vezes a segunda opção é a vencedora na sua jornada. E isso é um dos motivos de tanta infelicidade, tanta frustação.

No caminho do autoconhecimento, a investigação das polaridades, ambiguidades e hipocrisias da nossa humanidade exige que sejamos totalmente honestos com relação ao que costumamos negar, que tenhamos compaixão dos aspectos que nos causam vergonha e que examinemos com coragem as áreas da nossa vida em que tememos admitir, as nossas vulnerabilidades.

Não se trata de um processo para amenizar, encobrir ou fingir que as coisas que fazemos para nos magoar e magoar as outras pessoas, não são importantes. Trata-se de um processo que nos força a parar de minimizar o impacto dos comportamentos autodestrutivos, a admitir que teremos que pagar um preço alto para mantê-los e que eles nos levam a ser os nossos piores inimigos. Se quisermos uma transformação real, o primeiro grande passo é olhar para dentro de nós mesmos de uma forma verdadeira, sem preconceitos ou julgamentos.

A Sombra, segundo Carl Gustav Jung, pai da Psicologia analítica, é tudo aquilo que nós não queremos ser, mas somos. É tudo aquilo que tentamos esconder dos outros e de nós mesmos. É aquela fúria inesperada que nos leva a ir contra a nossa própria natureza, é aquele desejo insano de cair em tentação. Mas, a sombra exerce também um outro papel, possui um aspecto positivo, uma vez que é responsável pela espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda, características necessárias ao pleno desenvolvimento humano.

Segundo Debbi Ford: Quando reconciliarmo-nos com a nossa Sombra, vamos reassumir o nosso poder - e só então poderemos ser livres de perseguir os nossos sonhos e mudar a nossa vida com toda plenitude.

Precisamos confrontar os nossos demônios interiores e descobrir as maneiras pelas quais cada um de nós colabora com a nossa autodestruição. Esse estudo nos propiciará um caminho confiável para vencer a atração gravitacional que nosso passado exerce sobre nós e aproveitar as oportunidades infinitas do nosso EU verdadeiro e ilimitado.

Precisamos confrontar e estar dispostos a entender a cisão primordial da nossa natureza autêntica que nos levou a criar um eu fabricado ou FALSO EU. O nosso falso eu é o culpado por agirmos de maneira inadequada: destruímos os nossos relacionamentos, sabotamos os nossos sonhos e criamos oportunidade para nos ferir.

Precisamos conheceremos o poder e o potencial perigo da dor não processada. Ficar em paz com o passado e integrar os conflitos não resolvidos das nossas mentes consciente e inconsciente. Conquistamos paz, não aprendendo novos truques ou mais estratégias para esconder nossas imperfeições, mais aceitando um pouco mais nossas inseguranças, vergonha, medo e vulnerabilidades.

O calcanhar de aquiles da psique humana, o que muitos chamam de nosso lado sombrio, é a origem de todos os atos de autossabotagem. Fruto da vergonha, do medo e da negação, ele deturpa as nossas boas intenções e nos leva a cometer atos inimagináveis de autodestruição e outros de autossabotagem, não tão inacreditáveis assim.

Todos os nossos aspectos que são negados, todo o pensamento e sentimento que condenamos por acharmos inaceitáveis e errados, acabam vindo à tona em nossa vida. Em questão de minutos, quando menos esperamos, um aspecto rejeitado ou indesejável do nosso eu pode vir à superfície e destruir a nossa vida, a nossa reputação e todo o trabalho a que nos dedicamos com afinco. Essa explosão é o que no livro “ Como entender o Efeito Sombra da Debbi Ford, ela chama de EFEITO BOLA DE PRAIA. Em outras palavras, no efeito bola de praia- os nossos impulsos reprimidos e a nossa dor não processada- vem à tona e bate na nossa cara, sabotando os nossos sonhos, roubando-nos a dignidade e deixando-nos mortos de vergonha.

Nos atendimentos terapêuticos que tenho realizado ao longo dos anos, tenho percebido a importância de trabalhar o EFEITO SOMBRA, tanto nas questões pessoas quanto profissionais, para conseguir mudanças efetivas e duradouras. Quando trabalhamos apenas no nível consciente, conquistamos mudanças mais superficiais, mas quando nos permitimos trabalhar em níveis mais profundos da nossa mente, no nível inconsciente, conseguimos verdadeiras transformações.

"Até mesmo uma vida feliz não pode existir sem uma medida de escuridão, e a palavra “feliz" perderia seu significado se não fosse equilibrada pela “tristeza". É muito melhor, aceitar as coisas como elas vêm, com a paciência e equanimidade.“ (Jung)

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