O Ser Humano Vive num Eterno Conflito Interno

Desenvolvimento Pessoal

A insatisfação dos desejos gera repressão, que é o processo psíquico através do qual a pessoa rejeita determinadas representações, ideias, pensamentos, lembranças ou desejos, submergindo-os na negação inconsciente, no esquecimento, bloqueando, assim, os conflitos geradores de angústia.

Não vemos o inconsciente, nós o sentimos e sua manifestação pode ser percebida através de atos falhos, sonhos, chistes, mecanismos de defesa e resistência.

Quanto mais você entender como funciona o iceberg, melhor será o seu resultado em todas as áreas. Então, entenda as principais características do sistema inconsciente:

  • Atua como seus elementos inacessíveis à consciência;
  • Opera supondo que gera algum tipo de prazer;
  • Está relacionado com a vida instintual;
  • Caracteriza-se por um caráter infantil;
  • É atemporal.

O despertar

Durante o trabalho vivencial, buscamos o acesso a este material reprimido que está impedindo o crescimento e desenvolvimento da pessoa. Em geral, o aluno se opõe, apresenta uma certa resistência a se lembrar, a associar e permitir ao que estava oculto emergir. E não se dá conta disso... Da mesma maneira que desconhece o que está reprimido, também ignora a força que o mantém desta maneira e não sabe sobre a própria resistência exercida pelo ego.

Há algo no ego, a resistência, que também é inconsciente, o que torna esta denominação impossível de ser atribuída apenas ao que é mais reprimido e desejável.

A consciência é a superfície do aparelho mental, o sistema que primeiramente é atingido pelo mundo externo.

O ego tem origem no sistema perceptivo e começa no pré-consciente. O id é a entidade que se comporta como se fosse inconsciente. O indivíduo é como um id psíquico, desconhecido e sobre sua superfície, repousa o ego, desenvolvido a partir do seu núcleo.

O ego não se acha separado do id, funde-se a ele. O material reprimido também se funde ao id como parte dele e guarda em si as moções pulsionais.

O ego é aquela parte do id modificada pela influência do mundo externo, por intermédio da percepção-consciência e procura aplicar influência do mundo externo ao id, esforçando-se para substituir o princípio de prazer pelo princípio da realidade.

Mesmo as operações intelectuais sutis e difíceis podem ser executadas de forma pré-consciente. A autocrítica e a consciência moral são inconscientes.

O superego é uma gradação do ego, uma diferenciação, assim como o próprio ego constitui-se como diferenciação do id. Relaciona-se com a consciência moral, autocrítica e ideais almejados.

O treinamento e o inconsciente

Quando aceitamos as fraquezas e fracassos como partes naturais da nossa humanidade e concluímos que ser humano é acertar e errar, rir e chorar, viver momentos felizes e tristes, acelerar e desacelerar, passamos a ter uma vida bem mais leve e integrada.

Todos os nossos aspectos que são negados, todo pensamento ou sentimento antes condenados como inaceitáveis e errados, acabam vindo à tona.

Quando reconhecemos que há o potencial perigo da dor não processada e que precisamos ficar em paz com o passado, integrar os conflitos não resolvidos das nossas mentes consciente e inconsciente, as transformações poderosas acontecem.

Negar a condição humana em sua totalidade limita o que conseguimos ver em nós e nos outros, corta a ligação com o próprio recurso que precisamos para viver uma vida plena, feliz e bem-sucedida. E o que estamos fazendo para que toda esta programação possa ser alterada dentro de nós?

Só quando nos conhecemos de verdade, quando mergulhamos dentro de nós, sem julgamento ou crítica, podemos encontrar os tesouros mais preciosos do nosso ser e reprogramar a própria vida.

Precisamos olhar para o espelho e ver quem somos de verdade.

Referência:

You're getting defensive again! Anna Freud (1946) "The ego and mechanism of defense" cit. Hook (1994) pg. 230-236

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